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A conquista de direitos para as mulheres tem sido uma luta longa, muito longa. Vem de
séculos atrás. Conseguir votar, por exemplo, foi um mérito gigantesco. Várias representantes
deram a cara à tapa, o corpo às guerras e o sangue ao chão por todas as outras mulheres da
época e pelas que viriam depois.


A sociedade brasileira é repleta de problemas estruturais e sociais, como o patriarcado. É
aquela ideia fora de lugar de que, por mais que seja extremamente progressista em outros
pontos, o machismo ainda reina nas casas do país. Nas ruas, na televisão e no Congresso. E é aí
que queremos chegar.


Trazendo para uma perspectiva local, a diferença entre os números de vereadores eleitos
homens e mulheres, n o Recife e em Olinda, nos últimos oito anos legislativos, é algo gritante.
Na capital pernambucana, os dados se repetiram nas eleições de 2012 e 2016, com os
seguintes dados: de 39 pessoas eleitas, apenas seis são mulheres. Isso é aproximadamente
15% do total. Já na cidade vizinha, os dados também se repetiram, mas em um resultado ainda
menor. De 17 candidatos escolhidos nas duas eleições, apenas dois são mulheres, em cada
ano. Sendo assim, apenas pouco menos de 12%.


O que pode ser entendido disso é que, sim, aos poucos, as mulheres estão conquistando um
lugarzinho na política pernambucana. Mas, sim, a disparidade entre homens e mulheres
continua absurda. E o pior é que elas não conseguem ser representativas. Elas não
representam as mulheres.


Com isso, todo o machismo é reforçado porque confirma a indiferença de se ter mulheres
ocupando cargos políticos. As políticas públicas e projetos para as mulheres não são efetivados
ao ponto das mulheres da população sentirem a sua eficiência. É como se não fossem
mulheres lá dentro.

O verdadeiro significado por trás dos números da política local

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Editado por Débora Oliveira

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